ROTA FERROVIÁRIA

Três Caixas D’Água

Símbolo da cidade de Porto Velho, as emblemáticas Três Caixas D’água, que lá do alto observou toda a evolução da cidade desde sua primeira estrutura construída em 1910 e as outras duas em 1912, pela construtora americana Chicago Bridge & Iron Works (EUA), faz parte do complexo ferroviário, Estrada de Ferro Madeira Mamoré. Foram construídas para abastecer com água tratada a classe privilegiada da ferrovia. Após evolução da cidade, as mesmas também abasteceram parte da cidade. Sua capacidade era de 200 mil litros de água, sendo sua descrição detalhada no relatório sanitário de Osvaldo Cruz feita na EFMM em 1910 e que hoje encontra – se no acervo da Fio Cruz.

Estrada de Ferro Madeira Mamoré

A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré é o principal marco do nascimento da cidade de Porto Velho. A ferrovia foi construída no início do século XX, na margem direita do Rio Madeira, e as primeiras moradias construídas para alojar os trabalhadores, deram início ao que conhecemos como nossa cidade. A obra se tornou uma epopeia no coração da floresta, sendo inclusive, o primeiro empreendimento internacional dos Estados Unidos fora do território norte-americano. O objetivo era ligar o Brasil e a Bolívia para escoar a produção de borracha, já que o transporte pelo Rio Madeira se tornava inviável, por conta das cachoeiras no percurso. Atualmente a ferrovia está desativada e foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional, o Iphan. É o maior patrimônio históricocultural do nosso estado.

Prédio do Relógio

Este imponente prédio, na esquina das avenidas Farquhar e 7 de Setembro foi construído para abrigar a administração da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Inaugurado na década de 50, é uma das mais antigas construções da capital rondoniense. O prédio, que tem o formato de uma locomotiva, tornou-se conhecido como Prédio do Relógio, por conta do relógio que fica na sua torre e que por anos, foi um guia de horário para a população da cidade. O edifício possui vitrais com imagens da linha férrea, fauna e flora amazônicas. Atualmente funciona como sede da Prefeitura do Município de Porto Velho.

Cemitério das Locomotivas

As locomotivas paradas ao longo dos trilhos da Madeira-Mamoré estão neste local desde a década de 70, quando a ferrovia foi desativada, uma decisão do Ministério dos Transportes, na época do regime militar, já que as BR 364 e 425 estavam em construção em Rondônia.




Cemitério da Candelária

Cemitério internacional onde foram sepultados os trabalhadores da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. Bibliografias sobre o tema informam que lá foram sepultados 1.593 trabalhadores de mais de 40 nacionalidades. Próximo ao Cemitério da Candelária está localizado o Cemitério das Locomotivas. O local ganhou este nome em virtude do abandono de locomotivas e demais equipamentos da E.F.M.M quando ocorreu sua desativação.

Igreja de Santo Antônio

Uma das heranças do antigo município de Santo Antônio do Rio Madeira que na época pertencia ao Estado de Mato Grosso. O início da construção da capela remonta ao ano 1910, realizada com doações de devotos e de diretores da Estrada de Ferro MadeiraMamoré para aquisição do terreno e para erguer o templo. A inauguração oficial se deu em setembro de 1914. Próximo a igreja está localizado o marco divisório dos Estados de Mato Grosso e Amazonas. Possui uma festa anual, dia 13 de junho, com uma semana de atividades, que culminam com o arraial no dia de Santo Antônio.

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